Foi dada a largada para a minha jornada rumo as montanhas sagradas do Nepal. Apesar de ser um lugar que sempre despertou o meu interesse, a partir de 2014 passou a povoar meus sonhos com muita insistência. Costumo dizer que foi o início do chamado. 🙌
Faz todo o sentido porque se intensificou quando fiz a minha primeira ultra de 250km em Madagascar. Logo após, recebi o convite de amizade de Karma Sherpa e desde então mantemos contato. E ele sempre mandava uma mensagem perguntando: quando você vem para o Nepal? E ela vinha sempre quando falava de minha vontade de ir! Estou muito feliz que finalmente iremos nos encontrar.😀
Mas a história não termina aí. Comecei então a pesquisar provas no Nepal e me deparei com Mustang Trail Race. Fiquei encantada com a proposta, pois mais que uma corrida, o evento se propõe a uma imersão nessa parte sagrada e remota do Nepal. Na mesma época, devorei o livro da Lizzy Hawker, Runner: A short story about a long run, e até que me deparei com o capítulo que ela fala do Nepal. Não tive dúvidas, me inscrevi e comprei as passagens. Isso foi 2017. E logo em seguida descobri que um dos organizadores da MTR era… Lizzy!!! Não tinha como não reconhecer que era um sinal. Alto e claro.
Mas na época tive que cancelar por conta de um problema no pé. Entendi que não era o momento.

Mustang é um antigo reino proibido e uma das regiões mais remotas do país. Faz fronteira com o Tibet e é abrigada por algumas das montanhas mais altas do mundo como Annapurna e Dhaulagiri (8000m). Minha amiga colombiana Paola, que conheci em Madagascar e que também vai correr Mustang Trail Race, me disse que soube que há uma crença que diz: se alguém vai a Mustang é porque tinha que ir. Depois de tantos chamados, não tenho dúvida… apenas agradeço 🙏
Fotos: Reprodução/Mustang Trail Race
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